Quebrar os estereótipos de género

“As empresas precisam de talentos qualificados mais do que nunca, e acredito que incentivar o interesse das jovens mulheres em STEM é inegociável para as organizações que desejam prosperar no cenário atual.”

(Chris Moore é CEO da FIRST, uma comunidade global que prepara os jovens dos 4 aos 18 anos para o futuro através de programas de robótica inclusivos¹)

A análise “Fatores que contribuem para a sub-representação das mulheres nas áreas STEM: Uma análise de três estudos “² explorou a forma como os fatores sociais e ambientais conduzem à sub-representação das mulheres na ciência e na engenharia. A análise revelou que os estereótipos e preconceitos de género impedem frequentemente as raparigas e as mulheres de entrarem nas áreas STEM, enquanto os obstáculos culturais e institucionais criam ambientes profissionais hostis ou pouco acolhedores. Os líderes devem avaliar as suas práticas de recursos humanos para melhorar a cultura do local de trabalho e garantir que os processos de recrutamento, critérios, ferramentas de IA e outros recursos sejam imparciais.

Embora as empresas tenham grande parte da responsabilidade pela canalização de talentos, os pais também podem combater os estereótipos em casa para promover a confiança das raparigas nas STEM desde tenra idade. Os pais, conscientes das mensagens contraditórias da cultura pop, podem contrariá-las encorajando os seus filhos a perseguir os seus interesses. Se uma filha gosta de brincar com peças LEGO, os pais devem encorajar a sua criatividade; se ela gosta de explorar o bosque, podem levá-la a passear na natureza para descobrir novas espécies de plantas e animais. Para além dos esforços profissionais, muitas pequenas ações podem reforçar o interesse precoce pelas STEM.

Os estudantes formam frequentemente as suas aspirações profissionais com base nas representações dos meios de comunicação social. Infelizmente, a falta de diversidade, equidade e inclusão nestas representações pode limitar a sua visão de possíveis carreiras. Se as estudantes não virem mulheres celebradas como astronautas, médicas ou outras profissionais, podem assumir que não há lugar para elas nas STEM, o que está longe de ser verdade.

Os resultados do estudo “Porque é que a retenção de mulheres nas carreiras STEM é tão difícil? Um olhar mais atento sobre as perceções e experiências das mulheres nos domínios STEM “³ oferecem informações valiosas sobre a forma como os empregadores e as universidades podem apoiar melhor as mulheres em STEM, melhorar a retenção e reduzir a diferença de género. As principais práticas incluem o reforço da flexibilidade no local de trabalho, o equilíbrio entre a vida profissional e a vida privada e o apoio às responsabilidades de cuidados infantis. A comparação das experiências das mulheres na engenharia com as da ciência realça a necessidade de os empregadores da engenharia oferecerem mais oportunidades de trabalho em rede, programas de orientação, formação sobre preconceitos de género e diversidade e experiências de trabalho significativas para atrair e reter as mulheres nas carreiras de engenharia.

Fig. 1. Desafios no local de trabalho enfrentados pelas mulheres nas áreas STEM³

Fig. 2. Sistemas de apoio identificados pelas mulheres nas áreas STEM como sendo necessários para a retenção³

Ver para além dos números⁴:

44% – dos europeus pensam que o papel mais importante de uma mulher é cuidar da casa e da família.

36% – é o valor médio dos salários das mulheres em comparação com os dos ^homens.

8% – dos directores executivos das grandes empresas cotadas na UE são mulheres.

Pode obter mais informações sobre como quebrar os estereótipos de género nos sítios Web de:

https://end-gender-stereotypes.campaign.europa.eu/: #EndGenderStereotypes⁴
inclusionhub.com: Quebrar os estereótipos de género: Incentivar a participação em papéis não tradicionais⁵
https://www.betterhelp.com/advice/stereotypes/: 22 Formas de Ultrapassar os Estereótipos de Género⁶

Bibliografia: